Essa música
Mostra o sentimento de um homem
Que na esperança de transformar sua vida
Parte do seu torrão Natal
Deixando o bem mais precioso, sua mãe!
Enquanto eu me arrumava
Minha mãe chorava
Pensando no momento que pra longe eu ia
Levando na minha inocência
A simplicidade pra o mundo enfrentar
Naquele mesmo instante eu me fantasiava
Iludido com a vida que me impressionava
Deixando a minha mãezinha
Com seus olhos tristes a me perguntar
Por que vais partir?
Por que me deixar?
Por que tens que ir?
Quando vais voltar?
Ouvindo a sua voz, eu me emocionava
Me perdia no horizonte que longe avistava
Pensando no mundo deserto
E na saudade que sentia antes de partir
Partir era destino, e eu peguei a estrada
Minha mala era um saco cheio de coragem
A bagagem era vencer na vida
Regressar a minha terra
E ter o que comer
Vou com fé na vida
Mainha que é hora
Mainha é tarde
Mainha é dia
Bote a lenha no fogo
Prepare o café da famiá
Tem menino chorando
Tem menino chorando
O pai reclamando e a panela vazia
Ô ô ô ô vida rural!
Ô ô ô ô vida rural!
Dormir ao som do chocalho
Ao cair da noite
Acordar com a passarada anunciando o dia
Montar em um cavalo baio
E fazer minhas caçadas sem nada temer
Sentar numa cancela com minha viola
Vê a rês deliciar co verde da campina
Sorrindo vê pega de boi
E dançar um pé de serra com o meu amor
Vou com fé na vida
Mainha que é hora
Mainha é tarde
Mainha é dia
Pra limpar o roçado
E adubar a terra com alegria
Ver o milho nascer
Ver o milho nascer
E o feijão crescer, com vida mainha
Ô ô ô ô vida rural!
Ô ô ô ô vida rural!
Ah! Eu vou! Inda vou chegar lá!
Ah! Eu vou! Inda vou chegar lá!
Eu vou! Com fé eu vou chegar lá!
Ô ô ô ô vida rural!
Ô ô ô ô vida rural!
Ô ô ô ô vida rural!
Ô ô ô ô vida rural!