Desfaz-se o tempo em rotinas e vontades
Em projectos e verdades
Em desgostos que se alastram
Em vestígios distorcidos
De nascentes que encontramos
E é sempre quando seguem que
Tudo se tem que agarrar,
Tudo faz fugir,
E a verdade passa a estar
No fundo de um copo cheio do que se quer ser
E a beata no chão que faz os olhos arder
É a nova moda nas crianças que ainda estão a aprender
Como têm que estar e andar e beber e dançar
E comer e falar e ouvir e sentar e sorrir
P'ra saber existir.
Só eu sei ver o Sol nascer (x2)
Desfaço-me em pedaços, em retratos,
Em mentiras que trocámos e abraçámos, sim
Fugimos mas voltámos e o que presta
O que resta em nós.
Fim de festa onde todos sabemos quem somos
Ou quem não se quer lembrar
Ou quem precisa de estar
Perdido noutro sonho
A mesma noite, o mesmo copo
O mesmo corpo, a mesma sede que nao sabe secar
Onde se encontra sem se procurar
Onde se dança o que estiver a tocar
Muito fumo, muito fogo, muito escuro
Onde somos o que queremos
Quase somos o que queremos
Quase fomos o que queremos
ahh...
Só eu sei ver o Sol nascer (x2)
Quase fomos o que queremos
Quase somos o que queremos
Quase fomos o que queremos
Quase somos o que queremos
Só eu sei ver o Sol nascer (x4)