À tarde...
Quando de volta da serra...
Os pés sujinhos de terra
Vejo a cabocla passar
As flores vem pra
Beira do caminho
Para ver aquele jeitinho
Que ela tem de caminhar
E quando...
Ela na rede adormece
O seio moreno esquece
De na camisa...
Ocultar
As rolas...
As rolas...
Também morenas
Cobrem o colo de penas
Para ele...
Se agasalhar
A Noite...
Dos seus cabelos
Os brancos
São feitos de pirilampos
Que as estrelas...
Querem cegar
E as águas do rio
Que vão passando
Fitam seus olhos
Castanhos
Que já chegaram ao mar
Com ela dorme
Toda a natureza
Emudece a correnteza
Fica o céu
Todo apagado
Somente
Com o nome dela
Na boca
Pensando nessa
Cabocla
Fica o caboclo
Acordado.