Wlad Borges
Enigma
Ôoo
Ô, ô, ô
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
A chuva molha as brasilit
O vento balança as madeirite
O eco da voz em oração interrompe o dueto triste
Que insiste, hã, em arranhar a memória
Como agulha rabiscando os discos da pequenix
Tem que ter pique, para que a mente não dê tilte
Na guerra que não é necessário utilizar os calibres
Mas se amar-te, amor, sabedoria e graça é um pouco
Com Deus é muito, o muito sem Deus é nada, é madrugada
As adversidades me assolam, minha alma chora
O quanto a carne explora
As potestades vêm como vento que sopra
Tentando apagar as chamas da fé que move montanhas
Lágrimas caem dos olhos de um adorador
Lavando o sangue do asfalto que tenta botar o pavor
Não posso me entregar ao meu instinto pecador
Sei que por fim, se levantará o meu Redentor
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
Amanheceu, abro a janela, o brilho do sol tá embaçado
As cores do arco-íris se misturam no céu nublado
É bom sentir no ar o cheiro de terra molhada
Me imagino no paraíso, com Cristo, de mãos dadas
Que na quebrada eu vejo, respostas de oração
Gosto de beck na boca, posando de oito na mão
Hoje, nova criatura, testemunhas de um milagre
Pede silêncio para os barulhos, e mal reage
Não deixa os dedos que te apontam dizer que não tem jeito
Eu consegui, mesmo não saindo ileso
Os ferimentos, os cortes as cicatrizes, faz parte
Adquirindo experiência para o próximo combate
Muitas vezes, me perdi, tentando me encontrar
Errei querendo acerta, acertei quando quis errar
Tentei enxergar o sorriso na lágrima da tristeza
Pois o poder de Deus se aperfeiçoa na minha fraqueza
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
Entre rumores e guerras, vou pintando minha aquarela
Sou luz que brilha nas trevas, imagem exposta na tela
Quem sabe, pode ser singela
Mas Cristo sangrou por ela
Tenho que honrar o sangue, irmão, não posso dar guela
[?] Tô pra favela, abra as portas, fechando as celas
O que Jesus pagou com sangue, Judas trocou por moedas
Eu abracei no alto a chance de mudar minha história
Liberto das correntes dos cativeiros da Babilônia, é
Deus nos criou a Sua imagem e semelhança
Uns refletem a imagem de Caim tramando vingança
Deus me livre disso aí, eu quero curtir esse ar de ser livre
As coisas velha se passaram, sim, meu Cristo vive
Era o trapo no monturo, uma casa abandonada
Ontem, era sentinela, hoje, é o Senhor quem guarda
Ou tipo as ondas do rádio, sintonizando milagres
A cruz, o sangue, o Rei Surreto, me apego nesses detalhes
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
(Não foi) palhaço que me fez sorrir
(Não foi) Nem no bosque que senti
(Nem foi) No rabisco que escrevi
Não foi medalha de honra que me deu o que eu queria ser
Não foi palhaço, que me fez sorrir na minha torre
Não foi no bosque que senti o perfume da flor
Não foi nos rabiscos dos lápis que apreciei a cor
Não foi medalha de honra ao mérito que honrou o meu valor
Eu tento enxergar Cristo em cada detalhe
Porque foi ele que pagou o preço
Preço de sangue, sangue de cruz
E é por isso que estou aqui
Jesus te chama