Eu quero da vida um pouco da comida
Dessa comida que está nas prateleiras vazias
E nas esquinas o caos invade o dia a dia
Crianças correndo sedentas de coração
E mercenários pegando o pouco...
Sem piedade ou perdão
Trocadilhos enfeitam bocas de bóias frias
Os guerreiros do fogo sem as armas na mão
A malandragem dá conta das ruas vazias
As camisas vermelhas tentaram a solução
E a grana que falta nos cofres...
Homens discutem o inverso dos nossos dias
E você acredita, ainda tem solução
As pessoas traficam o enredo da poesia
E têm inocentes pagando pelo pão
A hiprocrisia resiste, insiste
Os gênios transformam as ruas em avenidas
Pequenos reparos mudam a direção
Violência reflete a inocência perdida
São as águas de março lavando o verão
E a privacidade oprimida...