Com três dias apenas fui roubado à minha mãe.
Um vitelo como os outros que nunca teve ninguém.
Nunca tive amor, nunca conheci carinho,
Apenas este inferno onde eu vivo sozinho.
Linda primavera que nunca cheguei a ver,
Fechados entre quatro paredes sem nunca poder mexer.
Enquanto corres livre e passeias na cidade,
Para teres carne, coiro e leite roubaste me a
Liberdade.
Liberdade, respeito e igualdade,
Como não sou um ser humano tudo isso me passa ao
Lado.
Enquanto assim for tu para mim não vales nada,
Pois falas muito, dizes tudo, mas no fim não fazes
Nada!
A hora de ponta de que foges não é nada comparada
Aos três dias de transporte sem comida, ar nem água.
E tal como um símbolos de inocente para dachau.
Eu vou para o matadouro, eu vivo a solução final.
Eu tenho muito medo e sinto que vou morrer,
Eu oiço gritos à minha volta e vejo sangue a
Escorrer.
Tento esquecer tudo mas chegou a minha vez
- Roubaste me a vida para matar e comer.
No fundo tu tens medo, tu tens medo de mudar.
Habituado e conformado a matar e a explorar.
Defendes um sistema, morte e a poluição
Rio-me na tua cara sempre que falas de revolução.