Alimente!
A raiz cúbica de uma sociedade pendente
O sangue é crente!
A crença milagrosa que te faz um doente
São todos acúmulos, vindo junto de escombros
Resíduos populares que se espalham pelos ares
Nas praias, a contemplação, aproveitando o céu azul
Raios de sol que penetram, a sensação é Malibu
Neurose sem intervalos, passa de amigo pra irmão
A compaixão, mantém os discursos e a adaga na mão
Gatilho muito bem usado, o calibre não é antigo
Porém, eu não faço ideia da onde vem o tiro
Experimento do fermento, são fatores aliados
Fez a troca do cajado do pelos sapatos dourados
É o dia a dia, paulista, raramente os desanima
É a proteção com armadura na prática da esgrima
Egoísmo doentio
Na sua mente, satisfatório
O falso ato de simplório
É o que te deixa notório
As semanas andam em círculos, o preto e branco se repete
Os ternos são vestidos, a bola rebate a raquete
O canto sagrado, a palestra, a atitude
Em tempos lúcidos como esse, você só prova virtude
Abaixe a temperatura, deixe o termômetro na gruta
Conteúdo numa sepultura, pela carteira ainda tem a luta
É o ciclo monetário, como o aço, é instável
É a aterrissagem do jato, cotidiano aceitável
Se prevalece assim, fincado na Babilônia
Desabafo lírico que passou da minha insônia
A minha esperança tá enterrada num lugar chamado "luto"
Cego, surdo e mudo, dentro do próprio insulto