Somos poetas do
Submundo
Somos profetas
Do oriundo
Somos filhos da noite,
Regeitados pelo diabo
Ratos da lapa
Não somos garotos
De ipanema
Gostamos do que mata
E em nada há problema
Quando não se hesita
Em arriscar, viver
E morrer junto ao luar e
Que casa ilusões,
Paixões e vidas
Somos seres
Menos humanos que os outros
Temos a resitência de touros
E somos como uma rocha
Absorvendo o quente
E o frio
O cheio e o vazio
Nessa orgia estrelar
Nesse dia que não acaba
Nessa cidade apagada
Nesse lugar condenado
Nessa sangria desenfreada
Nessa saudade desatinada
Nesse deserto perdido
Onde não se hesita
Em arriscar, viver
Junto ao luar e
Morrer junto ao altar
Que casa ilusões,
Paixões e vidas.