Desprovida estás nesse instante
A mercê do que pode acontecer
Dando-se aos poucos à ferrugem
A minguar o que tens de melhor
Sabe-se que esse ato de penúria
Não é força magia do além
São cabeças rolando pelo asfalto
Daquela selva sairá o trem
Daquela selva sairá o trem
Vou pular o muro desta urbe
Vou ter que encontrar algum jardim
É tudo ou nada, vou subir qualquer escada
Se não eu vou me asfixiar
Olha a tempestade se formando
É a fera violenta atmosfera
Incitando a legítima defesa
Quantos sapiens urbanos que não rezam
Quando se procura algum culpado
O sovina se trata de esconder
Quanta ausência sinistra de si mesmo
Esse é meio não vai lhe proteger