Do Chiado
Até ao Cais
São mil anos
Entre nós
O Pessoa faz de conta
E o Bocage ri de vós
No Camões espero por ti
Ó Eça, em tarde de Abril
Quem me dera ser um sonho
Ver o Tejo em tons de anil
Da Ribeira
À 24
Lá foi o caldo entornado
Para acabar a bazófia
Veio a bófia do outro lado
Na Estrela esperei por ti
Numa tarde em Agosto
Quem me dera ser Prazeres
Não me dês nenhum desgosto
Do Rossio
Até Belém
De São Bento
À Conchinchina
Muita gente vai e vem
Numa alma feminina
No Marquês eu esperarei
Um rotundo “não me lembro”
E no Terreiro matarei
O Rei que amei em Setembro
Letra de: Hugo Costa