Que pena de você,
Que não pode me ver tão livre
Não pode reclamar do rumo que tomei
Só eu sei onde piso meus pés
Por onde eu passei
Meu perfume deixei na estrada
Mil versos decorei, em mil colos deitei,
Já não tenho mais em contas...
Mas tem um amor que eu não deixo de lembrar
Um amor breve, que me deixou febre
E um leve sorriso no canto da boca...
Que pena de você, que espera pra me ver quietinha
Sou água em tuas mãos, batida de portão
Há quase dois minutos atrás...
Só eu sei o quanto custou beber a vida que me leva
Eu não tenho raiz, mas amigo fiz
Sou folha no vento que a brisa carrega
Por isso meu bem entenda de uma vez por todas
Não prenda o ar e aprenda a amar
As asas de que sou feita...