Você anda pelas ruas
De uma cidade em transe
Hipnotizada por seu ego
Um exército de mortos-vivos sem destino
Escravos de um sono eterno
Em cartaz a velha orquesta toca uma nota
E sabes toda melodia
Um velho livro, a velha história, uma palavra
E sabes como termina
Eu vejo um mundo tão imenso
Igual tua ambição
Se é tão imenso, porque fazer
Só com tuas mãos
A sua dor é pretexto para um grande comérico
Só você não ganha nada no final
Saciados os leões e ainda resta algo
Mas faremos isso após o carnaval
Eis o banquete, a mesa é farta
Nem todos podem sentar-se ao seu redor
Enquanto você come, existe alguém com fome
É assim que queres um mundo melhor
A igualdade é vizinha da paz
Que um dia foi tomada de nós
Pela verdade
Eu darei
Meu sangue, meu suor
Eu vejo um mundo tão imenso...