E ao abrir os olhos
Saber que o breve sono a dor não desfaz
A ânsia vela à noite
Pra de manhã sorrir e dizer - como vai?
Os dias ardem tão iguais, (tão iguais)
Meus lábios dizem nunca mais
Minhas retinas pedem paz, (pedem paz)
E o céu desaba em espirais
ONDE ESTOU? PRA ONDE VOU? TANTO FAZ...
PROS PERDIDOS OS CAMINHOS SÃO IGUAIS...
No meio do caminho
Em meio às pedras, minhas mãos tocam o chão.
Império dos sentidos
Se esconder, fugir, correr, tudo em vão.
Frágil poder, prazer fugaz, tão fugaz
Vozes que não me deixam em paz
Odor de restos tão letais, (tão letais)
Cair de alturas abissais
ONDE ESTOU? PRA ONDE VOU? TANTO FAZ...
PROS PERDIDOS OS CAMINHOS SÃO IGUAIS...
E nestes ciclos infernais
Vejo um letreiro em meio aos ais
“Deixai, agora, ó vós que entrais,
Toda a esperança para trás!”*
ONDE ESTOU? PRA ONDE VOU? TANTO FAZ...
PROS PERDIDOS OS CAMINHOS SÃO IGUAIS...
SEMPRE É POUCO, NUNCA É MENOS, SEMPRE MAIS...
SÓ HÁ PEDRAS, E CAMINHOS NÃO HÁ MAIS...