No seio do cerrado
Onde a paisagem é áspera
Vejo terra, pó, poeira sobre a planta envergada
Que não se entrega ao chão
Algo movimentou no mato
Ouvi barulho de chocalho vi calango cochilando
Ele vai ser devorado
Já no lajeado
Onde a textura é rústica
Areia fina, planta verde, rocha água envergonhada
Que resiste mas domina o verão
Parece até que a água é triste
E pede passagem pra molhar a paisagem
Algo movimentou no alto
Ouvi barulho de assovio e vi girino cochilando
Ele vai ser devorado
Já no lajeado
Onde a textura é rústica
Areia fina, planta verde, rocha água envergonhada
Que resiste mas domina o verão
Parece até que a água é triste
E pede passagem pra molhar a paisagem
Receio ter sonhado com um lajeado bem no meio do cerrado
E que de noite tenha chovido e o sereno me molhado
Num sertão de um livro que eu já tinha lido
Parece até que a água é triste
E pede passagem pra molhar a paisagem
Parece até que a água é triste
Parece até que a água é triste
Parece até que a água é triste
Parece até que a água é triste
Parece até