Vento vai soprando o barco carrossel
Ave poesia mergulha no céu
Movimenta as águas folhas de papel
Rabiscando a onda remando em pincel
Transpirando em cantos borbulhando em tantos
Inspirando encantos, navegando a vela
Corto horizonte, onde o sol se esconde
Destino responde, na capela
Rema rima rimador, poesia flor, jangada do amor
Desenhando sonhos pela a travessia com labor
Recife ganhou mais cor
Sobre novos temas, componho poemas, pra canção
Tocando ao limite, dessa dimensão
Aceito o convite, da inovação
Emite o palpite da superação
Uh minha respiração, sente a redenção, da insurreição
Incorporo a alma sobre o corpo vão
Pra que a expedição, nunca seja em vão
Entre as entrelinhas, rimas andorinhas, não vagam sozinhas
Marinhas escritas
Beijando a bahia, linda poesia, na margem da ilha
Grafias da vida que se vão
Gaivotas passeiam pelo pensamento, trazem agua viva pra
Queimar aqui dentro
A maré despida pela ação do tempo
Espalhando areia talento no ar
Na ilusão praieira, com a paixão alheia
Cantei pra sereia, no fundo do mar, do amar
Vento que sopra no mar
Vento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim
Sigo velejando cortando a distância
Pelas águas frias dessa inconstância
As ondas sonoras movem minha dança
Jangada balança me leva a estância
Pescador de outrora, resgata a história
Antes da aurora, já canta de pé
No anzol de agora, joga e traz pra fora
Toda sua memória, promessa de fé
Enfrento a maré, braveza do sal
Calor litoral, sobre os meus pés
Como deus quiser, cale temporal
Leve seus fiéis, além do convés menestréis
Levando esperança, pelos sete mares
Despejando males, por essas andanças
Velhos e crianças, trocam de lugares
Até se acharem, no fim da chegança
Lança a importância de um novo compor
Pra que os olhos brilhem e possam se expor
Quero a ventania do interior
Pra que o desembarque seja o esplendor
Olhares me esperam no porto
Que se mantiveram em meu rosto
Que me aqueceram esse tempo todo
Calor para o corpo intenso fogo
Além do tesouro
Amor duradouro, bem mais precioso
Traço caloroso, brilha mais que ouro
Intenso retorno, para o meu lindo lar
Eu vou mergulhando em profundidade, atravesso a margem
Pois minha saudade, não pode esperar calar
O vento que sopra do mar
Vento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim
Terra a vista, me avista, espaço distante, coração de alguém
Paisagista, desenhista abraço constante, no que não se tem
Sentimento ponho na aquarela
Derramando sangue para rima bela
Entregando as flores pra cantiga ela
Namorando o sol na boca da janela
Nesse barco que me conduz
Cortando esse eixo, com verso que pus
Remexo, o desfecho, despejo, meu beijo
Almejo, o desejo, de um fecho de luz
Em algas compus, em mapas expus
O que me conduz, a terra natal
Ceará, eu já to perto de chegar
Em tuas águas sem igual
Eu quero saber pergunta por mim?
Espera por mim? saudade mim?
Fala assim pra mim
Nosso amor é grande e não tem fim
Ta demorando pra vim
Saiba que você nunca sai de mim
Por isso navego no teu infinito
Nesse tom bonito, salgado e límpido
Quero as tuas liras no espirito
Isso e alcides gerardi, rapadura e projetonave
Descobridores de todos os mares
Abrindo o baú do som com essa chave
Toco solo dessa maré cheia
Junto com a areia que me rodopeia pro fundo do mar
Do amar. vento que sopra no mar
Vento que sopras no mar, lá no horizonte sem fim
Vento que sopras no mar, me diz?
Se ela pergunta por mim