O bizarro que se junta com o inexplicável
No meio das armadilhas, sigo inabalável
Conselho de mãe nunca falhou, nunca vai falhar
Tipo as orações que te livrou e desviou das balas
Oportunista querendo pegar vacilo
Escravo, fujão, sem medo aperta o gatilho
Revolução sem peça é pensamento sem atitude
Se não for, nem me interessa, falo pela negritude
Família, presente de Deus
A saudade faz lembrar que você só dá valor depois que cê perdeu
Um gole de verdade vai sempre te torturar
Uma gota de pilantragem é o que vai te arrastar
Sozinho não dá, seu ego fodido te cega e te joga do décimo andar
Vivendo na guerra e fingindo ta no paraíso
Meu povo guerreando por atenção e sorriso
Várias letras, alguns disparos
O sangue do pobre que morre nas filas dos hospitais e ninguém socorre
Crianças gritam: “me liberta” no fundo dos olhos
Sem topo, meu gueto colecionando velório
Se mantendo, aprendendo, um eterno aprendiz
Um eterno sonhador, seja o que cê sempre quis
Eu vejo gritos de socorro, ódio, desespero e dor
Lágrimas molhando a guerra nos olhos do sofredor
Um milhão de batalhas no escuro se eternizou
No peito cicatrizes que ninguém presenciou
Cadê o abraço amigo que lá no fundo do poço vem em forma de socorro pra te ajudar?
Sua falsidade inimigo, perigo, é valor invertido, diz em quem que dá pra confiar
Como um poeta a gente chora mas não é por amor e sim caneta borra a estoura
Nesse estado em estado islâmico, eu sou Xiita
E lá na frente se eu cair tem aplausos e alegria
Vadias e bebidas espalhadas sobre a mesa, um teco na escama e a ilusão da fortaleza
Consciência anestesiada aqui se adaptou
Conformada a aceitar as sobras que eles te empurrou
A agonia e depressão, lá de cima Cristo chora
Vendo o soldado cair em troca de bebida e droga
Famas e valores em reais
Em meio a tudo isso como que eu sonho com a paz?