Índio Gente
Quando o Brasil ainda nem era Brasil
Talvez tivesse um nome, talvez não
Vivia aqui um ser moreninho, pintado
E que usava tanga
Se alimentava de peixes, comia sementes, bananas, raízes, mangas
Eram os donos das terras que hoje se chamam Brasil
Talvez tivessem nomes... Talvez não
Mas, hoje desde a “afundação” do índio
Que está tudo registrado é tudo cidadão
Como todo cidadão brasileiro, não só por que chegou primeiro
Terá alguma regalia
E ficará como idoso ou aposentado
Seu curumim como nosso menor será tratado
Veja quanto índio, gente!
_ Só se for num seriado da TV ou nas reservas não sei do quê
Quase nem se fala nem se vê
Veja quanto indigente!
Índio ou não índio, o povo brasileiro, como vai?
_ Vai índio... vai índio... vai índio...
Mas, hoje desde a “afundação” do índio
Que está tudo registrado é tudo cidadão
Como todo cidadão brasileiro, não só por que chegou primeiro
Terá alguma regalia
O cacique já velho é aposentado
O Pajé sem diploma será cassado
Seu curumim como nosso menor será tratado
Veja quanto índio, gente!
_ Só se for num seriado da TV ou nas reservas não sei do quê
Quase nem se fala nem se vê
Veja quanto indigente!
Índio ou não índio, o povo brasileiro, como vai?
_ Vai índio... vai índio... vai índio...