Foi o destino quem quis
E uma estrela cigana
Que ela fosse feliz
E o coração não se engana
Pensou violão e cabana
Desempinou o nariz
E foi o passear no Sana
Passando os perigos no triz
Venceu a moral insana
Largou vida de bacana
Traçou nova diretriz
Feito ave livre e profana
Vestiu roupa de aprendiz
E foi namorar o Sana
Botou os pingos nos "is"
Se fartou de goiaba e banana
Se banhou no escorrega que ama
E o sol foi o rei e juiz
Do seu veredicto que emana
Serás bela e chamariz
De um poeta do Sana
Na noite riscada de giz
Da a lua de porcelana
Foi criança, menina e sacana
E na cachoeira mãe que diz
Ouvindo o poeta que a ama
Serás minha imperatriz
Do vale verde do Sana