O escuro que cobre de medo e incertezas o oculto
se desfaz
E logo começo a perceber que a mente sobe
Sobre a noção do tempo e sobre a ideia
de estarmos separados em vários corpos
Somos todos um
Ao fechar os olhos mergulho nas imagens
que surgem espontâneas de passados distantes
Lembranças reprimidas e assim do nada explodem
Em catarses me encontro olhando no espelho
(vejo os cacos) da minha alma (se juntando)
Mas já não temo, pois eu não sou eu, quando sou tudo
Os demônios estão dentro da mente
mas os anjos também vivem aqui
Posso sentir o meio com densa energia
às vezes agradável
Às vezes opressora, mas já não considero
que são superiores os que se acharam
dos que ainda estão perdidos
Todos que procuram, um dia vão entender
que o sentido da existência pode ser tudo que quiser
tudo que te faça ser um só com a experiência
e o ego transcender
Viva como se houvesse um final