Desde que aquele barco zarpou
um pedaço da vida aqui se foi
a brisa nunca mais soprou
os pássaros já não cantam mais
e o cais secou
espero que o barco volte
não quero continuar assim
uma vida sem graça como esta
previsão prá o fim
se a gente via junto
os mesmos horizontes
como foi parar tá longe de mim
E quando ele voltar
que tudo se transforme
e faça reavivar
o cais que ainda dorme
Como posso encontrar
sem destino, sem radar
só não quero voltar a vão
brilhando em alto-mar
Como posso encontrar
sem destino, sem radar
só não quero voltar a vão
brilhando em alto-mar
O cais secou
pô do-sol nunca mais viu
o horizonte que antes se contemplava
o barco pra lá sumiu
E quando ele voltar
que tudo se transforme
e faça reavivar
o cais que ainda dorme
e que nos seus sonhos
um abraço lhe acolhe