Joga o sangue na minha cara
e me faz sentir mais humano
Sente pena da minha raça
Como se fosse inumano
Sei do corte que me puxa
Sei da faca que me corta
Entram e saem da minha cabeça
Como se fossem devaneios sobre a rotina
O ponto cego da insanidade
a passagem pra realidade
O imoral invadiu seu habitat
deixou os restos pra alguém bisbilhotar
e as notícias que o povo vai saber
mais um indivíduo que vai ser esquecido
mundo perdido
e até quando eu vou viver?
Hipocrisia se sentir protegido
Os riscos falsos ivadirão seu olhar
Arrasta o corpo sem pensar no que vai dar
Manda um pedaço pra família acreditar
Mais espaço nas ruas
Mais buracos pra cavar
Lamento o estranho como se fosse um irmão
Cortam a vida como se cortassem um pão
e todo dia, mais alguém vai sucumbir!
e toda noite, mais um filho vai sumir!
por todo sempre mais alguém vai sofrer!
por todo sempre alguém vai desaparecer...