Olha, guri, repara o que estás fazendo
Depois que fores é difícil de voltar
Aceite um pito e continuas remoendo
Teu sonho moço desse rancho abandonar
Olha, guri, lá no povo é diferente
E certamente faltará o que tens aqui
E só te peço não te esqueças de tua gente
De vez em quando manda uma carta, guri
Se vais embora por favor não te detenhas
Segue em frente e não olhes para trás
Que assim não vais ver a lágrima insistente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz
Se vais embora por favor não te detenhas
Segue em frente e não olhes para trás
Que assim não vais ver a lágrima insistente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz
Olha, guri, pra tua mãe, cabelos brancos
E pra este velho que te fala sem gritar
Pesa teus planos, eu quero que sejas franco
Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar
Olha, guri, leva uns cobres de reserva
Pega uma erva pra cevar teu chimarrão
E leva um charque que é pra ver se tu conservas
Uma pontinha de amor por este chão
Se vais embora por favor não te detenhas
Segue em frente e não olhes para trás
Que assim não vais ver a lágrima existente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz
Se vais embora por favor não te detenhas
Segue em frente e não olhes para trás
Que assim não vais ver a lágrima existente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz