No sertão nordestino
Meu lugar desde menino
Mandacaru flora quando
A chuva tá pra chegar
Menino dos pés descalços
Brincando de gude no chão
Na terra que já rachou
Com sol e fogueira de São João
Nosso povo é sofrido
Labuta de sol a sol
Nossas mãos calejadas
Do corpo trabalho e suor
Menina da saia rodada
Brinca de boneca de pano
Que um dia remendada
Pela Sinhá de cem anos
Agora eu vou Vou viajar Como a Asa Branca que bateu asas do sertão
Vou esperar Aquele verde brotar Pra poder voltar pr'onde ficou meu coração
Agora eu vou Vou viajar Como a Asa Branca que bateu asas e voou
Vou esperar Aquele verde brotar Pra poder voltar pro meu sertão pro meu amor!