Tudo está sem graça, tudo está sem cor
Todos fazem sentido, nada mais tem valor
O céu não é mais de graça. as flores só mostram dor
Os prédios já fazem sombra, a noite já terminou
Se me oferecessem um desejo, eu "pedia"
Pra não ver o sol encaretando meu dia
E não acordar sóbrio de novo, de espírito e mente
Sóbrio de tudo mais, sóbrio de tudo mais
Não ter que acabar naquele velho sufoco, que vida demente
Sóbrio de tudo mais, sóbrio de tudo mais
Mas se eu nem sei quem sou, ou que me da paz
Meus vícios que simbolizam o estrago que o dia faz
Um sonho que acaba cedo, num mundo sem direção
Tentar enfrentar seus medos, sem ter nenhuma razão
Se me oferecessem um cortejo, eu negava
Pra não parecer que eu quero a vida pacata
E não acordar sóbrio de novo, de espírito e mente
Sóbrio de tudo mais, sóbrio de tudo mais
Não ter que acabar naquele velho sufoco, vida deprimente
Sóbrio de tudo mais, sóbrio de tudo mais
Se me oferecessem um bom preço, eu pagava
Pra não me juntar aos que tem hora marcada