Existem mil estórias de carro e racismo e essa é uma delas.
Eu vi,
Socorro!
Eu vi.
Era um sábado à noite (era um sábado à noite),
Rua augusta um passat (rua augusta um passat),
No passat dos negões (no passat dos negões),
Eu vi! eu vi!
O som rolar de dentro do passat.
E a polícia vem descendo (e a polícia vem descendo)
Camburão mandou o passat, ele parar.
Mão no pescoço, todo mundo fora do passat.
Revistando os negros, parece que eles tavam limpos.
E eu vi! eles tavam limpos eu vi!
Um motoqueiro! parou bem do meu lado, e ele disse assim:
“é duro ser preto!
É duro ser preto!
É duro ser preto!
É duro ser preto!”
É duro ser preto!
Disse o motoqueiro branco, pra mim.
É duro ser preto!
Disse o motoqueiro branco pra mim.
Era um sábado à noite (era um sábado à noite),
Rua augusta um passat (rua augusta um passat),
No passat dos negões (no passat dos negões),
Eu vi! eu vi!
Juro que eu vi! eu nunca me esqueci!
Era um sábado à noite.