Quando começa o surungo
No baile do vai ou racha
A xirua perde o salto
E o índio rasga a bombacha
Sábado de tardezinha
Começa a preparação
A gente tá vendo prenda
Lustrar as botas do peão
E que logo mais a noite
Tem fandango de galpão
Á sala é de chão batido
Levanta poeira do chão
O índio chega na porta
Consultando a guaiaca
Passando pelo porteiro
Pisando solto das patas
E quando entra na sala
O gaudério se assanha
Despistando a timidez
Num baita gole de canha
E assim vai a noite inteira
No fandango de galpão
Todo mundo intreverado
Dançando este vaneirão
Quando rompe a madrugada
Pintando a barra do dia
Encerrando mais um baile
Tudo em nome de alegria
Assim termina o surungo
No baile do vai ou racha
A xirua perdeu o salto
E o índio rasgou a bombacha