Já fui peão, capataz e boiadeiro
Transportei gado por este Brasil inteiro
Hoje me resta um berrante por lembrança
Um par de espora e a guaiaca sem dinheiro
Sinto saudade dos meus velhos companheiros
Das matas virgens e das campinas verdejantes
Onde eu passei muitas vezes emprazeirado
Com a boiada, tocando meu berrante
Tenho em meu quarto um retrato colorido
Uma lembrança quando eu era boiadeiro
Vejo em meu rosto minha face descorada
Mas sou contente porque sou um violeiro
Sou brasileiro, moro em Patos de Minas
Dos meus amigos sou bastante estimado
Sou conhecido como o rei dos catireiros
Gosto de viola e sou mineiro apaixonado
("Adeus minha boiada, adeus berrante que toquei
Adeus meus companheiros, adeus terra amada
Adeus mulheres que tanto amei")
Porém agora pra aumentar a minha dor
Nasceu um galho de espinho em minha vida
Apaixonei loucamente por um alguém
Mas este alguém é uma mulher comprometida
Apaixonei loucamente por um alguém
Mas este alguém é uma mulher comprometida