Hoje o meu eu
Com certeza
Não é o mesmo eu
Que traçou planos
Durante a adolescência
Com outra cabeça
Muito menos experiência
Ao mesmo tempo
Que continuo
Sendo o mesmo
Todos me reconhecem
Na rua
Tenho o mesmo corpo
O mesmo formato da mão
E agora?
Que que eu faço da minha vida
Tenho que pagar marmita
Pra poder sobreviver
E agora?
Pra eu morrer realizado
Não posso deixar de lado
O sonho de um menino de 14 anos
Que eu já fui