Querem saber,
uma forma de poder me ter.
Dados, vagos... nome, cor, gênero
Muito mais que letras no papel
não sou um número qualquer
No meu endereço
você não vai conseguir chegar.
Não existe chão, não existe não... esse lugar.
Desapareço, vôo para o lado de lá
No meu endereço
suas cartas não
chegarão
Não precisa ser agora,
Sen – hora é melhor, eu sei
Se perguntar, eu finjo, imito alguém
Me Desculpe mas paciência ninguém tem.
Quem sabe uma hora? Talvez um milagre.
Venha saber quem sou...
Ouvindo , dizendo, pensando, fazendo, sorrindo, chorando, correndo, parado, atropelando tudo que está pela frente.
Seguindo assustado e vendo pessoas aflitas sem sonhos, só objetivos nos observando e querendo saber...demais.
Querem saber demais.
Querem saber de nós.