nao vou procurar quem espero
se o que eu quero é navegar!
pelo tamanho das ondas,
conto não voltar.
parto rumo á primavera,
que em meu fundo se escondeu!
esqueço tudo do que eu sou capaz
hoje o mar sou eu...
esperam-me ondas que persistem,
nunca param de bater!
esperam-me homens que resistem,
antes de morrer!
por querer mais do que a vida,
sou a sombra do que eu sou.
e ao fim não toquei em nada,
do que em mim tocou.
eu vi,
mas não agarrei....
parto rumo á maravilha,
rumo á dor que houver para vir.
se eu encontrar uma ilha,
paro pra sentir!
dar sentido a viagem,
para sentir que eu sou capaz!
se o meu peito diz coragem,
volto a partir em paz.
eu vi,
mas não agarrei.....