Fonte das águas, que alimenta fértil todo este chão
Céu carregado, sopro nas palmeiras que vem do mar
Sangue a correr sempre, chibatadas pelo ar vem
Vem menino, mãos de calos, sua pipa pra empinar não
Não tem tempo, cara limpa, roupa suja
Olhos livres, chorar
Outra vez, eu vi um menino sonhar
Pelo ar, sua pipa tão livre no céu... Voa livre
Como se fosse real não ter calos na mão
Quando o vento bailar, ele não vai temer
Abre os olhos, e segue o café a colher
Nesta noite as cicatrizes vão se abrir
Mais a pipa, não pode deixar de voar
Neste céu, tão carregado de sonhos
Que mente sobre o sol, e que lamenta ao luar
Neste céu. Ao luar, que mente sobre o sol
Outra vez, eu vi um menino sonhar
Pelo ar, sua pipa tão livre no céu... Voa livre
Como se fosse real não ter calos na mão
Quando o vento bailar, ele não vai temer