Você me acorda,
Mesmo quando eu não dormia,
Odisseias desenrolando aos pés do meu colchão.
A tua voz, invadindo minha insonia
Despertando para as estrelas que habitam o meu coração.
Mas me ergo, mesmo com o corpo cansado
De sentir o ondular das marés.
Cada nota sua traz um cheiro, um clichê, uma lágrima
Um sonho e toda a certeza.
Que sabem os deuses, de onde vem, talvez remonte.
Sinto o sopro do teu ar, do teu ar.
Há quantas eras meu ventre, espera ter-te de volta.
A verdade suprema, a verdade suprema.
Veja só o azul dos teus olhos
São tão iguais ao Egeo,
São mais verdes se vistos ao sol,
Simples e profundo.
Cada fibra minha tem seu nome
E isso burrada nenhuma consegue apagar.
Se eu conseguisse desligar, minha censura
Quem sabe a gente, de repente não podia
Subir de novo ao Thor, girar no fluxo da terra,
Romper as frases ditas, os golpes desferidos
Um dia a gente vai voltar, na quele mesmo altar,
Conjurar novamente o que não conseguimos desconjurar.
Se te bater não adiantou, se tudo aquilo ainda está aqui
Numa canção longa demais pra você cantar.
Mesmo entre prédios e falta de sutileza
Mesmo por culpa do que nunca existiu
Ainda sou deusa, com a lua em meu corpo
Refletindo-te, iluminando a distância.
Se tudo é relativo, Einstein conheceu-nos
Antes, hoje, sempre, amo-te como em Atlantis.
Avalon ainda esta lá
Imemorial, como os ciclos da lua
Tua alma Intrínseca a minha
Tão entrelaçada que una.