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Moenda Velha Pra Parar De Uma Vez Nascente Da Paz

Na Palma Da Mao

Ê, ê, ê, ê, bebida da nossa gente

Moenda velha do engenho novo
Bota o caldo de cana pinga boa pr'esse povo
Cachaça pura, aguardente, bebida da nossa gente

Ê, ê, ê, ê, bebida da nossa gente

E provando depois da mistura
A boa cachaça saindo da cana desceu da moenda
Esqueço a maldade dessa gente profana
Vou levando no muque, no papo, engolindo sapo
E na goela um amargo não veio emenda
Só mesmo um bom trago, quer vem da moenda

Ê, ê, ê, ê, bebida da nossa gente

Cachaça com bom tira-gosto, se na goela passa
Aumenta a coragem no peito e na raça
Eu trago a moleca pra junto de mim
Chego em casa tão bem
Quando bebo cana de alambique
Mas a do boteco me deixa sem pique
Não sei de onde venho, durmo no jardim

Ê, ê, ê, ê, bebida da nossa gente

Pra parar de uma vez é difícil
Mas garanto que vou me esforçar
Tiro o pé bem de mansinho, vou saindo devagar
Pra parar de uma vez é difícil
Mas garanto que vou me esforçar
Você não sabe o que é vicio, e como é difícil parar
Olha que a minha semana eram sete dias de baderna
Eu só via a luz da lua, era só batendo perna
Mas agora quando eu saio
No outro dia o corpo hiberna
São três dias de folia e quatro na bate caverna
Pra parar de uma vez é difícil
Olha eu já vi bebedeira pra mais de duzentas caixas
Quase sempre terminavam em "sopapos" e "bulachas"
Hoje é cerveja sem álcool só pra reduzir a marcha
Mas se pinta um bate boca quase sempre o nível abaixa

O meu sonho verdadeiro é gostoso de sonhar
Todo mundo no terreiro indo até o sol raiar
Sob a luz da poesia é tão doce de cantar
E ao som dos tantãs e dos balangandãs eu não quero parar
Vou sambando sorrindo cantando ao sabor do luar
É um samba dolente ou até de repente pra gente versar
Se encanta se canta e se planta a raiz popular
Samba é filosofia fidalguia do salão
Tem a força e a magia que acende o coração
E pra minha alegria o meu samba vai além
É a minha bandeira paixão verdadeira que me satisfaz
Essa luz tão divina ilumina os nossos quintais
É um tom envolvente presente da gente nascente da paz
Essa luz tão divina ilumina os nossos quintais
Bororó bororó bororó bororó bororó bororó

Artista: Na Palma Da Mao



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