Meu zap-zap não para, o telefone toca
Sendo solicitado na área nobre carioca
Pra vender da branca, pra vender da pura
Muitos deles acham que eu tenho a cura
Queimam um dinheiro alto comigo sem dó
Só endinheirado, escravos do pó
Sem mistura me ligam toda hora na fissura
Eles querem cheirar, entrar na loucura
Coca, farinha, caspa do diabo
Alta sociedade comprando adoidado
Sem precisar entrar na comunidade
Eles me ligam e eu levo tudo na comodidade
Sou vendedor de ilusões, frequentador de mansões
Vendo pra madame e pra vários figurões
Que querem ficar pancado
Daquele tipo que quando acaba fica todo descontrolado
E se desfaz de bens materiais
Me sufocam na madruga implorando por mais
O suficiente pro cliente não ficar puto
Eu levo muito (muito)
trago muito (muito) , levo muito (muito)
Deixo ele pensar que é patrão
Mas na verdade tá comendo aqui na minha mão
É como se eu brincasse com marionete
Abastecendo os boy, sacudindo as periguete
Eu vendo, passo pra empresário, vendo pra advogado
Passo pra juiz, vendo pra viado
Que compram muito, bem garotão
Bombadão, sapatão também vai vendo
Hétero, métero, geral fica feliz
Minha presença é certeza de fartura no nariz
O pó é branco, parecido com talco
Meu nome não é jhonny, sou traficante do asfalto
Eles querem cheirar, mete a napa, racha o coco
A quantidade é grande, e eles acham que é pouco
Cê é loko! Olho fica logo arregalado
Cê é loko! Boca fica torta, vai pro lado
Eles querem cheirar, mete a napa, racha o coco
A quantidade é grande, e eles acham que é pouco
Cê é loko! Olho fica logo arregalado
Cê é loko! Boca fica torta, vai pro lado
É bem mais fácil vender pra quem tem
Como eu tô fora da favela não tem guerra com ninguém
Produzindo cocaína no rio de janeiro
Com clientes fiéis levantando meu dinheiro
Engordando a conta do neguinho
Que gosta de din din, eles querem cheirar, vem'ne mim
Que eu tenho, eles me chamam, eu venho
O filme premiado quando vê o pó vira desenho
Quando vê a trilha já batida esticada
Diploma acadêmico pra mim vale de nada
Mina na perdição pra mim é cena corriqueira
Perde a linha, vende o corpo por conta de uma carreira
Querendo dá um teco nem se toca
Tá me deixando rico se entupindo de coca
(É o brilho!) deixa o sorriso trincado
Coração acelerado, uns ficam travados
Outros falam bagarai, mas eu tenho que aturar
É só cliente bom que me ajuda a faturar
(É o brilho!) a mente perde o domínio
O pica da coca do tráfico de condomínio
Direto da colômbia pra copacabana
Faço a clientela, mas sem deixar fama
Por isso eu vendo, mas não cheiro, faço pó virar dinheiro
Correria solitária sem parceiro
Eles querem cheirar, mete a napa, racha o coco
A quantidade é grande, e eles acham que é pouco
Cê é loko! Olho fica logo arregalado
Cê é loko! Boca fica torta, vai pro lado
Eles querem cheirar, mete a napa, racha o coco
A quantidade é grande, e eles acham que é pouco
Cê é loko! Olho fica logo arregalado
Cê é loko! Boca fica torta, vai pro lado
É meu zap zap não para