Fui violeiro em roças, sertões
Cantei histórias de virgens e mães
Histórias de fé, procissões
Histórias de um Bento peão
Que só quis viver de amor
Cantei cantigas de rodas
Guerras de além-mar
Sonhos, saudades, estrelas
Luares, guerreiros sedentos de paz
Nas cercanias do rio
Cantei ao som ao tambor
Anunciei o Menino, Bandeira do Divino
Assunção do Senhor
E na casinha de taipa
À luz de um lampeão
Feneço em cartas de ti
Que em dias dolentes
Foram vinho e paixão
Fui cantador
O fogo que ardia em mim se apagou
O pranto foi tanto
Que o encanto acabou
De ti, só restaram enredos
Que não são canções
Em meu violão