Ecoa o clamor da resistência
A negra voz que ilumina a consciência
Tingindo de preto os palcos de marfim
O sonho de Palmares renasce em mim
ÔÔ... pelo povo e meus irmãos
ÔÔ... minha luta não foi em vão
A luz de Aruanda na ribalta
Liberta as amarras da realidade
Arranca a mordaça e diz a verdade
Kaô Kaô... Kabecilê Xangô
Teu leão de batalha eu sou
Aos olhos do rei a justiça revela
Poder ao povo da favela
Convoco tambores de axé
Num elo de fé, por nossa raiz
Não deixem cair no comum
Confundirem mais um
Sangra nosso país!
Vem meu irmão
À luta contra a intolerância
Estou presente em cada coração
Resistindo a ignorância
Eu sou a força de quem nunca desistiu
O “Nascimento” de um novo Brasil
Eu tenho o meu valor
Respeite a minha cor
Só quero paz e igualdade
Sob a luz de Olorum, uma história de atitude
A Mooca é a voz da negritude