Mentem em sintonia até que se torna verdade
Sente a agonia, adéqüe-se a sociedade
Numa idade primitiva viviam dificuldade
Hoje a tecnologia ajuda e arrasta a humanidade
Nas redes sociais sorrisos falsos vaidade
Ostentam o smartphone e a falsa felicidade
Gastamos tempo e dinheiro com qual finalidade?
Estamos sendo controlados por essa realidade
Da um Look no Facebook, ócio te devora
O lóki caiu no truque, minutos viram horas
In love com o notebook, esquece o mundo lá fora
Hoje não se nota o book, é Wikipedia e copy cola
Timeline infinita, milhões de informações
A verdade é sempre dita em meio a distrações
Por causas fúteis conseguem juntar multidões
Se sentem úteis mas seguem sendo um bando de cuzões
Formando opiniões através da mídia podre
Dando as televisões todo o remoto controle
Somos massa de manobra, abre o olho pro cê vêr
Que a elite manipula usando o medo e o prazer
A benção da ignorância, viver sem nada saber
Atenção lhe causa ânsia, evite pra não sofrer
Nesse espelho negro o que se lê? o que se vê?
O admirável mundo novo que Aldous Huxley prevê!
Desperto de um sonho coletivo, um instinto voraz cativo
Passo a ver o mundo por fora da caixa
quando meus sentidos ativo
Organizo pensamentos em tópicos
O granizo cai no mundo utópico
Tudo tão imaginário quanto a linha imaginária dos trópicos
Entregues a ponta do iceberg
Os loucos se encontram, normais se perdem
Pouco se assombra, ninguém percebe
Que o ego persegue. Tão cegos, inertes
Prédios se erguem, cavernas se invertem
E a pixação é arte rupestre
Um truque de mestre, as telas, a peste
Que te transforma em versão de teste
Existe uma prisão na sua mente da qual você não resiste
Nem vai tentar escapar pois não sabe que ela existe
Seus olhos são vendados para que não entre em crise
E um falso calendário esconde eternas reprises
Cochilos se tornaram suicídios temporários
Enquanto a terra gira no sentido anti-horário
Por tanto a guerra mira praqueles que não são páreos
Trabalhamos pela dor e sangue é o salário
Quantos rambos vão se impor? É falso esse cenário
Vivendo nossa vida como peixes no aquário
Escravidão consentida, comandamos ao contrário
O ar silvestre está longe e não vamos respira-lo. Porra!