Num festival de viola, coisas do nosso sertão
Um menina escolhida estava na recepção
A essência da beleza conheci na ocasião
Tem nome de flor de ouro pra menina tentação
Ela estava tão divina
A diabinha da menina é o tesouro do patrão
Começou a cantoria, som de viola e violão
Esqueci que eu estava no meio da comissão
Esqueci da minha vida, esqueci da obrigação
Aquela coisinha fofa desviou minha atenção
Ela estava tão divina
A diabinha da menina é o tesouro do patrão
Ela é uma doçura, beleza com distinção
Da cabeça até os pés ganha da rosa em botão
Olhos verdes tentadores que estraçalha coração
Cinturinha de boneca pra matar quem tem paixão
Ela estava tão divina
A diabinha da menina é o tesouro do patrão
Ela vestia uma blusa fechadinha sem botão
Tinha detalhes dourados num verde meio pavão
Sua blusa é um gaiola conservando na prisão
Duas rolinhas ariscas distante do gavião
Ela estava tão divina
A diabinha da menina é o tesouro do patrão
Olhei tanto pra menina que caí numa inflação
Se o patrão me desse um tiro, me matava com razão
Mas ele me deu um tombo mesmo sem me pôr as mãos
Com classe e categoria me deu a maior lição
Para os dois a vida é bela
Eu não chego nos pés dela, o tesouro é do patrão