Esse canto é um lamento injusto pela memória
Do que traçamos juntos e apagamos
Sem reconhecer que era o fim de nossa voz
Que que quis falar tão alto sobre os mundos
Desses mudos de calados corações...
As feridas e ilusões
É o que ficou ante frases de paixão...
Uma canção a morrer devagar estende a mão
Por um abraço, um ombro amigo,
Pois um sonho merece um abrigo.
E desperta, assim, de repente,
Por um grito, fez-se diferente
Ao perceber o mundo onde quer que o mundo parar
Pra traduzir em sonhos um quinhão de lágrimas.
Esse canto é um lamento imundo pela história
De quem sufocou na ignorância de saber demais
E não saber ouvir a simples ignorância
Da paz...
Não sei o meu caminho -
Só sei não estar sozinho.
Por me amar, por me lembrar
Não vou voltar atrás.
Pra sustentar o mundo,
Voltei a ser criança
E a nossa dor de acreditar
Não vou deixar pra trás...
Ao perceber o mundo
onde quer que o mundo parar,
Pra traduzir em sonhos
um quinhão de lágrimas...
Vai depender do mundo, onde quer que o mundo parar,
Pra traduzir em sonhos um quinhão de lágrimas.