Tenho por inteiro a tua metade
A precisão cega de toda vontade
Ser mais que necessário ou supérfluo
Em tudo que me nego
Venho a caráter sem medo
Com o sol bem cedo.
Fazer teu dia eterno verão
E primavera tua solidão.
Ser a comida da tua fome
E a gula que te consome.
Pouco a pouco a esculpir
O desejo oculto que há em ti.