Eu sou a mesma criança que sonhava
Com um milhão de obrigações e uma barba
Ancioso, porém desesperado
Esperando proteção por algum lado
Eu sou o mesmo garoto que chorava
Quando o medo de morrer me incomodava
Mas me obrigam ser alguém mais ponderado
E chorar agora é coisa do passado
Oh! não... eles querem que eu cresça
Oh! não... é demais pra minha cabeça
É muito cedo pra se falar em morte
É muito tarde pra se contar com a sorte
Oh! não... me cobram e esperam
Oh! não... eles já me consideram
Perdedor, conformado e descontente
Deve ser bem assim que eles se sentem
Eu sou a mesma criança que sonhava
Com um milhão de obrigações e uma barba
Ancioso, porém desesperado
Esperando proteção por algum lado
Só que agora eu posso beber e fumar
Também posso escolher pra que “Deus” vou rezar
Agora eu posso trepar e dizer palavrões
Mas já não soam tão bem sem as proibições
Oh! não... eles querem que eu cresça
Oh! não... é demais pra minha cabeça
É muito cedo pra se falar de morte
É muito tarde pra se contar com a sorte
Oh! não... me querem de joelhos
Oh! não... que os tenha como espelho
Um dia alguém decidiu que meu mundo acabou
Mas olho em volta e sinto que nada mudou