Essa é a historia de um coveiro em uma noite fria
Do alto de uma cruz uma coruja
Um murmúrio, uma canção
Já viu bêbados dormindo, putas se prostituindo
Fazendo da tumba o seu colchão
Todo dia é sempre assim na rotina de um coveiro
Tem a alma bem gelada e um café companheiro
Já enterrou toda família pai, avó, mulher e filha
Até parece maldição
Numa noite tenebrosa a voz da morte lhe chamou
Um gemido bem sinistro que apavorado lhe acordou
Deu de mão na lamparina, chapéu, carta e botina
E foi ouvir assombração
Oh, Zé, precisa me ajudar
Oh, Zé, você precisa me dar
Um pedaço de papel, pra minha bunda limpar