Um caminhoneiro levando a carga
Vai rodando com seu caminhão
Naquela estrada a muitos anos
Perdeu a vida seu amigo seu irmão
Pista molhada um acidente traiçoeiro
E o que restou do sonho de um caminhoneiro
Uma velha cruz tão castigada pelo tempo
Quase esquecida ao lado de um pinheiro
Ao ver a cruz do seu antigo companheiro
O caminhoneiro desvia sua atenção
Vem as lembranças de uma triste madrugada
Sua carreta trafega na contra mão
Quis o destino naquela mesma curva de antes
Ao olhar a velha cruz por um estante
Bateu de frente em outro caminhão
Ah destino cruel com suas armadilhas
Presos na ferragem sofrendo dizia
Será meu Deus que agora é o meu fim
Quando chegou um jovem doutor naquele momento
Com rapidez lhe deu atendimento
Mais com emoção foi lhe falando assim
Veja aquela cruz ao lado do pinheiro
É do meu pai que foi caminhoneiro
Morreu sem ao menos sem me ver nascer
Seu companheiro viveu com ele
Seus últimos instantes
Mais o pedido do meu pai agonizante
Não atendeu nunca foi me conhecer
"Naquele momento o caminhoneiro conhece
o filho do companheiro que naquela curva
morreu as marcas do destino a criança
que ele não foi conhecer
simplesmente é o doutor que veio lhe socorrer"