Alguém avistou por aí
Uma jangada á deriva
Com os ambulantes Deus?
Fatigados pela imensidão
Divina
Sacerdotes errantes
Da eterna condição
Delírios em terra
Pesadelos, onde se criam?
Sussurros em língua estrangeira
Parecem sinceros
Sustentam nossas mazelas
Navios de guerra afundados
Acumulam segredos
Fantasmas pagam pecados
E os anjos afagam
A barca retoma o curso
A divagante viagem
Quantos vernáculos cabem
Num só verso de trova
Numa simples conversa
Aqui se inventam coragens
Lembra o velho arrepio
O vento sopra e anuncia o destino
E as águas se assanham
Porém nunca se deu por vencido, o
Perseguido destino
Parece que mora na estrada
Do universo infinito
Ou no vácuo do tempo
E mirando galáxias distantes
Acaba caindo
Nas tais dimensões paralelas
E nada mais foi o que era