Um caipira na cidade , filho de festa de peão
De bota e chapéu de couro, foi entrando no salão
Os grã finos de gravatas, senhores de posição
Notaram sua presença, do seu tipo aqui não entra
Caipira cheirando a chão
Com um modo bem cortês, o peão sobre saiu
Cheiro terra na verdade, mais terra do meu Brasil
Vocês da cidade grande , parece que nunca viu
No sertão tem muita grana, na minha terra
Os bacanas são gente de educação
O povo ficou de queixo, quase que caído ao chão
Quando arrancou da goiarca escritura do salão
Sou caipira cheiro terra , vou dar minha descrição
O rodeio é meio esteio , cresci em cima do arreio
Ganhando festa de peão
Nesse chão empatei alguns de meu quebra galho
Fora no exterior, minha coleção de cavalo
Manga larga e puro sangue , de valor e ensinado
Grã fino senta na mesa
Uísque bom e cerveja, já pensa que é o rei do gado