Luz
desenhando a bananeira
pela sombra que jogava
na calçada sobre nós
sol no violão e a tarde ia
pelo barro do caminho
escutando a nossa voz
depois
vinha outra serenata
só que agora sob a lua
que saiu do seu café
e quando eu canto é pra lembrar
daquela daquela esteira
do barulho da marola
da mudança da maré
sim, toda aurora tem passado
e é ele ao nosso lado
quem nos leva pela mão
e por mais que eu tenha passeado
noutras orlas dessa vida
tudo é sempre Itapuã
então, fiz do peito um relicário
onde guardo para sempre o sargaço da maré
e quando eu canto é pra lembrar
daquela estrela
das canções com a letra errada
do luar do Abaeté
luz
desenhando a nossa estrada
com o azul d´água salgada
onde a gente pôs o pé