A vida puxa igual maré em dia de ressaca
E a floresta responde a tudo que ataca
O sol limpa a cortina
E eu abro a retina
Com erva na resina
Com a intenção de andar devagar
E a vista baixa
Meu mano a vista baixa me separa
Meu mano a brisa errada eu disse para
E a vergonha na cara
Meu mano a vista baixa traz silêncio
Traz relento
Meu mano a brisa errada eu disse para para sempre
Com a fala na garganta e a vontade no parapente
Na mente de um jovem delinquente
Enquanto eu não me esquive
Meu verso eu sei que vive
E cada dia é um episódio sem reprise
(refrão)
O fundo do poço tá no sofredor
E na hora que eu quiser posso me levantar
A luta é agora não vivo para sempre para tentar
(x2)
E a liberdade acompanhando como pássaros
Enquanto o dia passa vagaroso
Admirando fatos
A linguá vai na métrica e seus obstáculos
E a levada elevando cálculos
Água se doe e minha voz ecoa
A molecada eu sei que zoa
Viagem boa
É uma ideia e um microfone e meu sangue
Batendo na incerteza e lembrando que a estrada é grande
A duvida é sutil, o verso é um pavio
Nem que eu ascenda só por um instante
Relevo o sol cinza, maresia é o sabor
Que também vai na blunt
Já me levou sim, com o cheiro do cabelo e a cor da pele
Com as pétalas da rosa e o bem me quer
Com as pétalas da ganja observem
E a gente vai gastando o que puder
Em casa sem perigo que me levem
Num momento de fé
Para que as heresias se despertem
E quem puder, por favor me acompanhe nessa prece
Num momento que se lembra o que se esquece
No momento em que eu prendo a fumaça da erva
No momento em que o medo não mais me congela
No momento em que eu penso nela
Na relevância de idade a dor
Também me confunde as vielas
O fundo do poço tá no sofredor
E na hora que eu quiser posso me levantar
A luta é agora não vivo para sempre para tentar
(x2)