Nuvens negras e trovões é o céu anunciando a chuva;
Meus olhos fixados no céu aguardando a chuva;
Enquanto o vento muda de direção eu não consigo me mover;
Então o mundo fica em silêncio para ouvir o que o céu tem a dizer;
Um raio clareou o céu escuro anunciando a chuva;
Clareou um céu carregado em mundo cheio de dúvidas;
Esse é um fardo que carrego comigo de ter dúvidas sobre tudo;
Talvez se não houvesse tantas dúvidas o céu não seria escuro;
Desperdiço meu tempo sem saber o que fazer;
Não adianta uma tarde azul para quem não sabe viver;
Quadros pintados de angústias e traumas retratam o passado;
Nas paredes do mundo do orgulho despedaçado;
O céu suspenso sobre todos lamentando a exigência solitária de mais uma vida;
Então o céu derrama as suas lágrimas sobre este santuário de almas perdidas;
O que encontramos no fundo da memória, são desejos e esperanças, o abandono de uma vida sem importância;
Nossas vidas expostas, colocadas como enfeite, em um mundo gelado em uma casa sem paredes;
Percebi por alguns instantes, alguém me acenar com a mão, que eu deveria suportar esse fardo e palavras não trariam a solução;
Então o céu se fechou, a melodia silenciou, e o poeta para sempre se calou.