Na ponta da caneta, minha mente se descreve
linhas tortas se endireitam quando represento o rap
Do meu sangue sem ritual, a tinta acaba
mas minha descrição não
Razão e emoção sempre em conflito
mas em razão do rap, minha emoção é meu alivio
Nunca tive diário, porque nunca pedi
sempre guardava o sentia pra mim
E teve um belo dia que deixei fluir
a letra de uma pequena aprendiz
Fiz minha poesia em uma folha de papel
a caneta minha amiga foi mais doce que o mel
Senti o gosto da vida
que não sentia há muito tempo
e ali eu sabia que eu tava amadurecendo
Escrevi, apaguei, dormi, acordei
E é assim a cada dia, fico até refletindo
nessa "tal teoria" de sorrir porque o bom tá por vir
mas se eu ficar parada quem vai trazer pra mim?
A formula "x" tá em andamento, meu plano
pleno em um pequeno terreno
Minha casa minha mente, meu refugio consciente
Minha arvore minha caneta, e da raiz
não nego minhas riquezas, originais de natureza
Me fiz forte a cada dia, no meio da agonia
minha mente me feria, cicatrizes e nostalgia
Aprendi com uns erros e também bem sozinha
olhando roteiros, sem linhas
(Jogue os dados da vida, e veja qual vai ser
me encontro em alguma esquina, criando o meu lazer.)
Meu sono pesa, minha insonia é leve
a noite ela é sempre breve, às vezes com estresse
De leve, ouvindo uns rap's, me encontro
nos pensamentos, uns suicidas e alguns de bom sustento
(Sera que vão me da a mão quando eu cair
sei que do chão não vou passar
mas tenho medo de não conseguir me levantar.)
Mentes confusas, sem virgulas e pontos
sem espaço e sem comando
Às vezes odiando, algo me encantando
e o carma me encontrando
Relaxando olhando o mar, uns amigos
e umas histórias boas pra contar
Às vezes sem saber o que falar
mas na ponta da caneta eu sei que vou me registrar
Meu silêncio grita, a maldade domina
nem sempre eu me mantive na disciplina
A cada passo que eu der, montanhas
vou subir, espírito independente ou estilo livre