Eu vim de lá
Também sou cabra da peste
Sou das bandas do nordeste
Vila bella, sim sinhô
Serra talhada, chão rachado, poeirento
E um sentimento que reflete o meu valor
Ó, meu Padim Ciço, fé e devoção
Minha história tá na memória
Eu sou do tempo do valente Lampião
Se avexe não, na tristeza dou um nó
No arrasta pé do xote, baião e forró
Puxa o fole sanfoneiro a poeira vai subir
Sertanejo chorou tanto tá na hora de sorrir
Há esperança reluzindo em cada olhar
Faz um verso de amor amanhã vai melhorar
E cangaceiro, a batalha triunfou
Até Maria Bonita no bando comemorou
Olé muié rendeira
Na embolada dançando a noite inteira
Vem violeiro, num repente ajeitado
Tô arretado, a zabumba tá chamando
Não há, oh, gente, ó não
Coisa melhor do que cantar o meu sertão
Quanta saudade é tempo de voltar
Salve! Mestre vitalino
E Pernambuco minha raiz
Patrimônio cultural desse pais
Mancha verde é emoção, oxente
Coração do nordestino bate no peito da gente
Somos uma só família eta povo abençoado
Hoje meu samba vai no passo do xaxado